COMO FUNCIONA O AMINOÁCIDO LISINA?
A lisina é um aminoácido essencial para os seres vivos, mas os nossos corpos não conseguem produzi-la naturalmente e ela precisa ser ingerida através de uma dieta balanceada. Este aminoácido é conhecido principalmente pelas suas propriedades antivirais e sua ação na produção de anticorpos, além de melhorar a saúde do sistema imune de nossos organismos. Ela é codificada apenas por dois códons, sendo eles: AAG e AAA. Boa parte da população consome lisina em quantidades suficientes através de suas refeições diárias mesmo sem saber, porém, mesmo assim ainda existem casos de deficiência de lisina e também algumas condições de saúde que necessariamente precisam fazer uso da suplementação desse aminoácido.
Assim que ela é ingerida e absorvida pelo organismo, suas propriedades entram em ação e produzem diversos efeitos em todo o corpo. Uma de suas ações é o desempenho em um papel muito importante no funcionamento correto e saudável do sistema imunitário, onde em casos de deficiência deste aminoácido básico acaba ocorrendo uma deterioração do sistema imunitário. Por este motivo, é muito importante manter uma ingestão contínua e equilibrada deste aminoácido para promover melhorias na saúde e uma manutenção em todos os sistemas de nosso corpo. Como o nosso corpo não pode produzir este aminoácido por si só, e o mesmo deve ser ingerido através de alimentos ou através da ingestão de suplementos. A deficiência de lisina pode ser provocada por diversos fatores, sendo as principais: deficiência causada por dietas baseadas em grãos e cereais, pouca ingestão ou a não ingestão de proteína de origem animal, transtornos alimentares (bulimia, entre outros) e problemas no processo de absorção de proteínas e sintetização. A falta deste componente em nosso organismo causa diversos problemas, como por exemplo, aumento na taxa de formação de pedras nos rins, redução na produção de hormônios da glândula tireoide, asma, infecções virais crônicas, desenvolvimento e crescimento anormal e problemas no sistema reprodutivo (possibilidade de infertilidade).
QUAL A FUNÇÃO DESTE AMINOÁCIDO?
Como a lisina é um aminoácido essencial, ela exerce diversas funções em nosso organismo, sendo a principal delas a formação de proteínas e participação na síntese proteica. Além disso, ela está presente em diversas proteínas, sendo essas responsáveis por desempenharem inúmeros papéis, desde funções estruturais até processos metabólicos no nosso corpo.
QUAIS OS BENEFÍCIOS DA LISINA?
- A lisina é muito usada na medicina por possuir inúmeros benefícios, sendo eles:
- O seu uso constante promove o crescimento e desenvolvimento normal, provocando um aumento na produção de colágeno.
- Auxilia na produção de proteínas, alguns exemplos são: enzimas, anticorpos e hormônios.
- Participa no processo de transformação de ácidos graxos em energia, promovendo a redução de peso.
- Melhora a qualidade da pele, pois induz uma maior produção de colágeno, além de que ela pode ser utilizada no combate a infecções virais.
- Possui ações fisiológicas que podem reduzir a ocorrência de enxaquecas e outros tipos de dores e inflamações.
- Se consumida em conjunto com a vitamina C, pode apresentar uma redução drástica em dores no peito que são recorrentemente relacionadas a doenças cardíacas.
– Auxilia no combate do herpes: a herpes é uma doença viral que acaba gerando algumas feridas tanto na boca, na região oral, além de poder ocorrer na região genital também. A lisina atua no organismo fazendo com que os ferimentos surjam com uma menor frequência e que apresentem uma taxa de cura muito maior. Se o indivíduo fizer a suplementação com 1 a 3 gramas diárias de lisina, isto pode fazer com que ocorra uma limitação nas ocorrências do aparecimento de ferimentos, além de que tomar o aminoácido quando os ferimentos aparecerem pode reduzir drasticamente o tempo que eles levam para sumirem.
– Auxilia na obtenção de mais cálcio: O uso de uma suplementação regular deste aminoácido pode fazer com que o trato gastrointestinal passe a absorver mais cálcio, além de causar uma redução na quantidade do mineral que é eliminada pela urina, quando existem outros fatores atuando. Tem a possibilidade de conseguir reduzir a ocorrência de osteoporose, através de uma suplementação conjunta de lisina e arginina (um outro aminoácido essencial para os seres vivos), ocorre uma estimulação no crescimento de novas células ósseas, além disso, essa suplementação também ajudar a aumentar a produção de colágeno, que desempenha um papel muito importante na manutenção do estado de saúde das cartilagens, tendões e da pele.
– Ajuda no tratamento de ansiedade: Pessoas que não fazem a ingestão regular deste aminoácido podem apresentar um quadro de deficiência, sendo alguns sintomas a elevação dos níveis de estresse e ansiedade. Em um estudo realizado na última década, alguns pesquisadores descobriram que ao suplementar dietas com base de cereais com a lisina, ocorriam reduções nos níveis de estresse e ansiedade crônicos, logo eles fizeram uma relação, onde em casos em que há uma falta de lisina na sua dieta, fazer o consumo regular deste aminoácido promove uma melhoria em sua saúde mental.
– Atua no sistema imunitário: A lisina é usada e consumida há muito tempo para melhorar a função imunitária do corpo. Alguns estudos norte-americanos demonstram que a deficiência de lisina pode causar enormes prejuízos ao sistema imunitário do nosso corpo, o que em outras palavras significa que se você não consumir uma quantia de lisina que seja suficiente, você poderá acabar ficando doente com uma maior frequência, já que o seu sistema imunitário estará debilitado.
– Acelera a recuperação muscular e promove a hipertrofia: os aminoácidos em geral são utilizados pelo nosso corpo para a criação e reparação dos músculos, após exercícios físicos ou quando sofremos algum tipo de ferimento muscular, como distensões ou lesões. Por isso, é importante que se mantenha um consumo adequado de lisina para ajudar no processo de reparação e criação de músculos.
– Possui efeito anticatabólico: O catabolismo é a expressão designada para representar o fenômeno da quebra de tecido muscular, isto geralmente ocorre quando treinamos, logo o nosso corpo entra em um estado catabólico, pois estamos promovendo micro lesões das fibras musculares. Logo após o exercício físico, é de extrema importância reverter este processo e convertê-lo em um processo anabólico, isto é, converter em um processo de construção de tecido muscular, que é o foco de todo praticante de alguma atividade física de alto desempenho. A importância da lisina em todo este processo deve-se ao seguinte fato: ao diminuir a porcentagem e a velocidade com que ocorre a degradação proteica no nosso corpo, existe uma facilitação no processo de reversão do estado catabólico.
Em casos de deficiência deste aminoácido, nenhum desses benefícios pode ser obtido, promovendo complicações nesses casos e problemas aos indivíduos. Para que isso não ocorra, a pessoa deve evitar uma dieta que seja rica em açúcares, deve aumentar a ingestão de arginina, além de consumir alimentos ricos em proteínas, como por exemplo: sardinhas, bacalhau, castanhas, legumes, carne vermelha e laticínios, devendo também dar início a uma dieta com auxílio de suplementação do aminoácido lisina.
COMO USÁ-LA?
O uso de lisina via suplementação não requer uma receita médica, mas é recomendado a procura pela assistência de um profissional de saúde, pois se ingerida em excesso ela pode apresentar alguns riscos à saúde, como por exemplo: aumento dos níveis de colesterol e triglicérides, redução nos níveis de arginina e aumento na ocorrência de formação de pedras na vesícula. O consumo deste aminoácido deve ser feito diariamente, ingerindo uma cápsula juntamente com a refeição. Os estudos científicos indicam que uma ingestão diária de 12 mg por quilo de peso corpóreo, seja suficiente para suprir as necessidades do corpo diariamente.
QUAIS OS EFEITOS COLATERAIS?
Caso seja consumido de forma excessiva e em grandes quantidades, podem ocorrer alguns efeitos adversos em algumas pessoas, que variam de acordo com as características de cada indivíduo. Alguns sintomas relatados são: cólicas abdominais, náuseas, azia, diarreia, dispepsia (Indigestão). Se mesmo assim o indivíduo continuar fazendo a ingestão de lisina, podem surgir outros efeitos secundários devido ao consumo excessivo, sendo eles: problemas com a função renal, cálculos biliares e elevação nos níveis de colesterol.
QUAIS AS CONTRAINDICAÇÕES?
A lisina é um aminoácido bastante seguro em relação a sua ingestão, já que em casos mais simples, os sintomas de superdosagem são poucos e de curta duração. Entretanto, ele não é indicado as pessoas que se encaixam nos seguintes casos: gestantes, lactantes, pessoas com doenças renais, hepáticos, pessoas que apresentem hipersensibilidade aos componentes de suplementação da lisina e pessoas que apresentem a condição LPI (condição rara em que a pessoa não consegue realizar a quebra de proteínas em seus aminoácidos).
ONDE ENCONTRAR?
Este aminoácido pode ser encontrado em diversos alimentos, alguns deles são: queijo, ovos, peixe, produtos de soja, leveduras, batata, carne vermelha, ervilhas, feijão, entre outros. Além disso, a lisina pode ser encontrada em comprimidos para suplementação alimentar, sendo vendida em diversas concentrações. Podemos encontrar ela em sites especializados e lojas físicas, atentando-se sempre a reputação e confiabilidade destes estabelecimentos, não esquecendo também de sempre buscar uma ajuda médica especializada, onde além de tornar o processo mais segura, esse acompanhamento irá promover uma maximização nos benefícios que podem ser obtidos em uma dieta de lisina.
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